Estudo de Caso II - Chicory - O Floral do Amor


Abraçar:


Quando nos deixamos levar pelo que nos afasta do amor...


Ela se sentou à minha frente, com os olhos vermelhos e um ar de desespero. Como se desconfiasse de todos, mas estava ali, por não suportar mais tamanha angústia. Estatura baixa, corpo “troncudo”,  braços fortes, e seios acostumados a abrigar os seus amados, os quais defenderia até a morte.

Jogou pra traz, seu imenso cabelo, preso de qualquer maneira. Pele morena avermelhada, quase tão vermelha quantos seus olhos, acostumados ao choro de muitas noites sem dormir.

-          Vim aqui, pois preciso da sua ajuda, moça! – disse decididamente, sabendo muito bem o que queria.

Eu olhei pra ela, tentando imaginar o por quê de tanta raiva, que de tão forte que era, dava pra sentir mesmo estando há alguma distância.
Como de costume, sorri pra ela, como quem tenta diminuir um pouco tanta ira demonstrada.

-          - Conte-me, minha querida, o que a trouxe até aqui, por favor.

Ela olhou sem dar um sorriso, e começou a falar sem tréguas, sem vírgulas ou qualquer pontuação cabível para uma melhor compreensão do momento.

-          - Há dois anos, desconfiei que meu marido estava me traindo. Eu não queria aceitar, achava que estava ficando louca, e vendo coisas que não existia. Passei dois anos, guardando isso. Desconfiando. Muitas vezes perguntei a ele, mas ele negava. Perdi minha tranqüilidade, minha paz de espírito. Até que um dia, veio a confirmação: Ele realmente me traia. Meu mundo acabou. Mas eu já o perdoei!

Pensei comigo: Será?

Ela continuou.

-          - Não tenho mais vontade de sair de casa. Faço minhas tarefas domésticas, fecho as portas e as janelas, fecho tudo, me tranco no meu quarto e fico lá, imaginando coisas horríveis. Não procuro mais ninguém, e enquanto meu marido não chega em casa, eu não tenho mais sossego. Só me acalmo quando ele está ao meu lado. Meus filhos estão traumatizados, pois eles ficaram sabendo. Tenho medo de ficar louca, moça. Às vezes penso que vou enlouquecer de tanto pensar nisso. Na traição que me fizeram. Tudo o que devem ter feito às minhas costas.

Enquanto falava, parecia reviver cada cena e isso a deixava com os olhos ainda mais vermelhos, dessa vez, vertendo lágrimas que insistiam em correr desordenadamente pela sua face.

Perguntei a ela:

-          - Tem vontade de se vingar?

-           -Ah... às vezes eu tenho sim, mas sou da "Igreja", e sei que isso não se deve fazer. Não  vai me levar a nada.
Refleti ainda sobre o que ela contava e perguntei:

-          - Você ainda ama o seu marido?

-          - Ah, eu o amo mais do que a mim mesma. Não sei viver sem ele, e sou capaz de fazer qualquer coisa por ele. Estou com esse homem há 18 anos. Hoje tenho 32 anos, e não sei o que seria de mim, sem ele. Como pode isso, moça, eu amar esse homem mais do que a mim mesma?

Pensei comigo, que ela mesma já não sabia mais quem era. O sentimento de posse, e o ciúme, iam muito além da razão e da compreensão de si mesma. Ela não se cuidava mais, pois seus olhos estavam apenas voltados para aquele que um dia, tentou fugir do seu amor, na busca de uma nova experiência, não imaginando jamais que causaria tamanho sofrimento pra si e para a mulher que se entregou tanto a ponto de esquecer-se de si mesma.

- Uma sofrida  Chicory, que precisa aprender o desapego, encontrar o caminho do verdadeiro amor, libertar-se do sofrimento,  para aprender amar a si mesma e seguir o caminho de sua alma levando bênçãos a quem estiver ao seu redor, abrigando a todos com seus seios amorosos de uma iluminada Chicory plena e feliz....

Florais utilizados:

Chicory

  •  Holly, para ajudá-la a perdoar de fato a situação, e deixar que o amor universal possa trazê-la ao equilíbrio de sua alma.
  • Cherry Plum, pois tem medo de fazer algo de que possa se arrepender mais tarde.
  • Sweet Chestnut, sente uma angústia profunda, e precisa perceber uma Luz, para conseguir sair dessa situação.
  • Gentian, para dar-lhe fé e coragem, para enfrentar o mundo novamente.
  • Honeysuckle, para cortar os sentimentos doloridos que ainda a prendem ao passado.
  • Chicory,como não podia deixar de ser, para que aprenda a amar, sem aprisionar e sofrer tanto. Para que ame, não só aos outros, sem apego, mas principalmente a si mesma.
  • Rescue Remedy, para iniciar a terapia, e sentir mais conforto, já que se encontra em profundo desequilíbrio.


Conclusão: Foram 3 meses de tratamento, e no final o resultado foi uma mulher mais cuidadosa com a própria aparência; um sorriso espontâneo tomava conta de seu rosto; uma auto-confiança, já era visivelmente percebida. Seu relacionamento em casa melhorou  totalmente.


Gostou desse caso? Então compartilha! Deve haver muitos e muitas Chicory precisando do nosso apoio!

Sou grata!


Comentários

  1. Uma pessoa sofrida pelo amor, uma angustiante dor no peito. Espero que ela esteja bem, porque essa dor invisivel do amor é sufocante

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    1. Existe uma antiga canção francesa que diz:"O prazer do amor dura um só momento, mas a dor do amor dura uma vida inteira." Sim, a dor aumenta quando o excesso de apego vem junto ao amor... Mas, essa moça, minha linda flor querida, ficou bem. Superou o seu problema após 3 meses de tratamento com os Florais de Bach. Obrigada pelo seu comentário! :) s2

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